Fotografias da Brejoeira (9) Albuminas s/ cartão, assinadas Emilio Biel, Porto, c/ carimbo a seco no cartão.


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  • Refª.: fot-05942

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Fotografias da Brejoeira (9)

Albuminas s/ cartão, assinadas Emilio Biel, Porto, c/ carimbo a seco no cartão.

Reproduzem o palácio da Brejoeira, o edifício no exterior e interior, c/ a escadaria onde sobressaem os painéis de azulejos e os trabalhos em ferro, um dos salões c/ tectos ricamente trabalhados a gêsso e pintados, a estufa e o peq. teatro, entre outros.

Este lote de fotografias faz parte da reportagem executada p/ o proprietário Pedro Mª da Fonseca Araújo, quando do casamento do seu filho mais novo, Eugénio Mª da Fonseca Araújo, c/ Júlia Lopes Antunes da Fonseca Araújo. Uma apresenta-se datada manualmente de 1913, no suporte de cartão.

Estado de conservação: algumas c/ manchas de humidade; alguns cartões apresentam foxing e sinais de uso; uma das albuminas assinalada a caneta.

Dim.: 12 x 17, 18 x 25 e 25 x 15 cm (fotos); 27 x 38 cm (cartão)


“Cerca de 1806, Luís Pereira Velho de Moscoso deu início à construção do Palácio da Brejoeira, na freguesia de São Cipriano de Pinheiros. Com um custo total de 400.000.000 de réis, então um valor elevadíssimo, esta construção só foi possível por os antepassados do seu fundador terem conseguido no comércio uma grande fortuna. Não pertencendo à nobreza, Luís de Moscoso não podia construir um palácio com quatro torres e, para esse fim, pediu autorização ao rei para construir a terceira torre. As obras prosseguiram sob a direção do seu segundo filho, Simão (1805-1881).
Edificado numa propriedade de Simão Pereira Velho de Moscoso, ao tempo conhecida pelo nome de Quinta do Vale da Rosa, o imóvel está hoje classificado como Monumento Nacional.

Luís Pereira Velho de Moscoso casou com D. Luísa Maria Cleofe Pereira Caldas, filha de Luís Rodrigues Caldas, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo. Este, em virtude da compra que fizera ao Cardeal da Cunha, a quem incumbira decidir sobre todos os assuntos atinentes às paróquias dos extintos Mosteiros dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, entrou na posse do Mosteiro de São Salvador de Paderne aos 28 de Agosto de 1773.

Posteriormente, em 1825, Luís Pereira Velho de Moscoso e sua mulher viriam a adquirir o dito Mosteiro, juntamente com todos os seus edifícios, quinta, coutadas, pesqueiras, apresentações e mais pertenças e regalias a D. Catarina Rita Jorge Caldas, viúva de João Pereira Caldas, irmão de D. Luísa Maria.

Além da Brejoeira e do Couto de Paderne, os Velhos de Moscoso viriam a ampliar o seu património com outras propriedades situadas em diferentes zonas do país, tais como Lisboa, Sesimbra e Alenquer através de heranças provindas da Família Pereira Caldas, quer por morte dos pais de D. Luísa Maria, quer pela sua irmã e cunhado, D. Maria Angélica Ludgera Pereira Caldas e o desembragador António Rodrigues Caldas.

No início do século XX, o Palácio foi adquirido pelo Conselheiro Pedro Maria da Fonseca Araújo, que o renovou e alterou com o arquitecto Ventura Terra. Na década de 30, passaria a ser pertença de D. Hermínia de Oliveira Pais.

O Palácio da Brejoeira é também uma referência da produção do vinho Alvarinho.”  (in http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_da_Brejoeira e http://digitarq.advct.dgarq.gov.pt/details?id=1042873)

Informação genealógica da família Pereira Velho de Moscoso em:  http://escavar-em-ruinas.blogs.sapo.pt/69182.html