Roma, Francisco Morato LUZ DA MEDICINA, PRATICA RACIONAL, E METHODICA, GUIA DE INFERMEIROS, DIRECTORIO DE PRINCIPIANTES, Officina de Manuel Rodrigues d’ Almeyda, Coimbra, M.DC.LXXXVI [1686].


  • Refª.: l-111PTM05

Saiba Mais


Roma, Francisco Morato

LUZ DA/ MEDICINA,/ PRATICA RACIONAL,/ E METHODICA,/ GUIA DE INFERMEIROS,/ DIRECTORIO DE PRINCIPIANTES, Officina de Manuel Rodrigues d’ Almeyda, Coimbra, M.DC.LXXXVI [1686].

In8º gr., de (16)-428 pp., encadernação posterior c/ lombada em pele vermelha escura, decorada c/ dourados e cartonagens marmoreadas.  Frontispício explicitando o autor como sendo “Medico da Camara de sua Magestade, & do S. Officio da Inquisição, Cavalleiro professo da Ordem de Christo”, acrescido do símbolo dessa Ordem rodeado por coroa vegetalista.  Texto c/ peq. capitulares decoradas e frontões de remate.

O conteúdo está organizado em duas partes: a 1ª dividida em VI livros, diz respeito à prática médica em geral, aos remédios e suas aplicações; segue-se uma 2ª parte, ordenada em VII tratados, que por sua vez se apresentam agrupados segundo três divisões: os que se referem à “regiam superior” (cabeça), depois os que tratam da “regiam mea” (tórax) e, por fim,os da “regiam inferior” (abdómen).  A estes segue-se um “Tratado unico das doenças particulares das mulheres” e, por último, um “Tratado das febres simples. Podres, pestilentes, & malignas.”

Supomos tratar-se da 2ª edição.  A 1ª saíu em 1664, em Lisboa. Innocêncio da Silva não refere a presente edição. Innocêncio Silva, t.III, 17.


“Francisco Morato Roma (1588 - 1668) foi um Médico português nascido Castelo de Vide, autor do Luz da Medicina prática, racional e metódica, guia de enfermeiros, Lisboa (1664).

Estudou filosofia em Évora e medicina em Coimbra e tornou-se médico do Duque de Bragança, começando por atender o Duque D. Theodosio (1619). Foi para Lisboa (1640) e tornou-se médico da Câmara Real de D. João IV e de D. Afonso VI.
Morreu em Lisboa, deixando uma obra muito útil e necessária não só para os professores da Arte de Medicina e cirurgia, mas também para uso doméstico, em emergências e na ausência de médicos. Essa obra foi muito usada no Brasil entre os profissionais da saúde, leigos e nas boticas dos jesuítas.
Em sua última edição (1753), em Coimbra, apresentava como subtítulo Diretório de principiantes, e sumário de remédios para acudir e remediar os achaques do corpo humano, começando do mais alto da cabeça e descendo até o mais baixo das plantas dos pés.”     © JRR/NCV


Estado de conservação:  porção terminal do frontispício descolada, acidez ligeira do papel, vestígios de xilófagos na margem interior de cerca de 30 pp., não afectando o texto; mancha de humidade nas folhas finais.

Apreciação:  bom estado.

Dim.:  19 x 15 cm