Andrade, Manoel Carlos LUZ DA LIBERAL, E NOBRE ARTE DA CAVALLARIA, Livraria Sam Carlos, Lisboa 1971.


  • Refª.: l-1005200

Saiba Mais


Andrade, Manoel Carlos

LUZ DA LIBERAL, E NOBRE ARTE DA CAVALLARIA, Livraria Sam Carlos, Lisboa 1971.

In-folio, de 545 pp., ½ encadernação em carneira c/ nervos, rótulos e gravações a seco na lombada, impresso em papel Vergé e incluído na edição de 1000 exemplares destinados ao mercado, numerados e assinados pelo editor, sendo este o exemplar nº 682. Trata-se da edição fac-similada a partir da 1ª, editada na Regia Officina Typografica, em 1790. Muito ilustrado extra-texto c/ gravuras a negro, algumas das quais desdobráveis, assinadas quanto ao desenho por Silva (Joaquim Carneiro da Silva, 1727-1818) e abertas por Frois (Gaspar Frois Machado, 1759 ?-1796), Alegre (Manuel Alegre, 1768-1815), entre outros, e decorado c/ 2 vinhetas e florões de remate.

Esta é, portanto, uma re-edição do tratado equestre português do séc. XVIII, levado a cabo por um dos picadores da Picaria Real, obra rara e única no seu género entre nós e que conheceu também grande prestígio internacional, muito provavelmente por se tratar de um dos melhores, senão mesmo o melhor tratado sobre o assunto, dessa época.  A qualidade e profusão das ilustrações (93) está bem patente nesta edição, como de resto na original (ver, para as gravuras:  http://arquivohistoricomadeira.blogspot.com/2010/10/luz-da-liberal-e-nobre-arte-da_23.html)

Inocêncio V, 386: “MANUEL CARLOS DE ANDRADE, Picador da Picaria Real de Sua Magestade Fidelissima. Da sua naturalidade, nascimento, obito e mais circumstancias não me foi até agora possivel colher alguma noticia, posto que empregasse a esse intento as diligencias que estavam ao meu alcance.

 Luz da liberal e nobre arte da cavallaria; offerecida ao sr. D. João principe do Brasil. Parte primeira. Lisboa, na Reg. Offic. Typ. 1790. Fol. maior, de XXVI 454 pag., e mais uma no fim, contendo a errata: illustrada com 93 estampas, e um retrato do principe, delineados pelo habil artista portuguez Joaquim Carneiro da Silva, de quem já fiz menção no Diccionario em logar competente.

Posto que no frontispicio se lêa a designação de Parte 1.ª, nem por isso a obra deixa de achar se completa, comprehendendo este volume tambem a Parte 2.ª

Esta edicão, que póde equiparar se em nitidez e perfeição typographica ás producções do celebre Ibarra, foi mandada executar por ordem da rainha a senhora D. Maria I; sendo a tiragem de mil exemplares, dos quaes se entregaram oitocentos ao auctor, ficando duzentos para serem na officina expostos á venda: e ainda na Imprensa Nacional existe ao presente o resto d'esses exemplares, cujo preço antigo que era de 9:600 réis, foi ha poucos annos reduzido a 7:200 réis. Custou a gravura das chapas, vinhetas e letras iniciaes 4:200$000 réis, e a despeza total da impressão foi de 6:588$000 réis.

Alguns pretenderam, não sei se com legitimo fundamento, que o verdadeiro auctor d'esta Arte da Cavallaria fôra o marquez de Marialva D. Pedro de Alcantara de Menezes Coutinho, estribeiro mór da Casa Real; e que Manuel Carlos de Andrade não tivera n'ella mais parte que a de collocar o seu nome no frontispicio, porque assim fôra a vontade do marquez. Um dos que ainda ha pouco inculcou esta opinião por verdadeira foi o sr. João Carlos Feo, em uma carta, ou artigo que sahiu inserto no Jornal do Commercio de 28 de Septembro de 1859.”

Dim.:  35 x 26 cm